domingo, 17 de janeiro de 2016
Elano revela conversas diárias com Robinho para convencê-lo a voltar ao Santos
Após mais alguns meses na Índia, Elano está de volta ao Santos e vai mais uma vez reencontrar o velho parceiro Renato no meio de campo da equipe. Mas ele também está de olho na possibilidade de reeditar outra parceira famosa. E vai fazendo sua parte para que isso aconteça.
"Só basta o Robinho querer. A gente tenta. Sou cara que quero ele ao meu lado. Sempre fez bem para mim. É um amigo pessoal. Mas são coisas que eu, como amigo, não posso definir. Já tentei convencer ele a vir, falo com ele todos os dias", disse Elano.
Robinho é o grande sonho do Santos nesta janela de transferências. Ele está no Guangzhou Evergrande, da China, e tem o interesse de retornar. Para isso, porém, o time da Vila Belmiro precisa achar um parceiro que consiga arcar com os salários do ídolo.
Enquanto aguarda pela volta do amigo, Elano encara um momento complicado para a maior parte dos jogadores de futebol. Perto da hora de parar, o meia quer estar onde gosta, perto dos amigos e se mostra indeciso sobre o melhor momento de pendurar as chuteiras. Depois de sair para a Índia em setembro, mas já com contrato renovado até o fim do Paulista, agora o veterano santista pensa em alongar sua trajetória até dezembro. E para justificar esse desejo, que surpreendeu a muitos, o próprio Elano explica.
"É extremamente importante ter ídolos. Não ídolos. Pessoas que estejam inteiramente para viver para o clube. Nós, que estamos aqui. Tenho 310 jogos pelo clube. Estou aqui porque gosto do Santos. Em todas as situações ruins que eu estava no Santos, reverti a situação. Jogando ou não jogando. Não estamos aqui para tirar o espaço dos mais jovens", diz, ciente de que atualmente talvez colabore mais fora das quatro linhas, com sua experiência, do que propriamente no campo.
"A imprensa fala em reformulação todo dia. Quem mais se reformula é o Santos e não vejo falar do Santos. O Palmeiras contratou 40 (jogadores). O santos quatro. O resto é da base. No Santos, estamos para jogar e auxiliar os meninos que estão subindo. Conseguimos brecar muita coisa, resolver muita coisa no vestiário. Coisas que os outros times não têm, porque não têm gente da base. Se formos parar para pensar, o Santos é pouco falado pelo que faz", aponta.
Veja outros trechos da entrevista com Elano:
Desafio de jogar mais
"Não e fácil. Temos um time formado, de qualidade. Mas, vocês me conhecem, sabem que quando traço uma situação na cabeça... quero fazer a pré-temporada, um bom Paulista, para chegar bem estruturado no Brasileiro. Tenho um objetivo e vou à luta. Nunca ninguém me deu nada. Tive que buscar. Vou à luta".
Acompanhar de longe
"Foi difícil de acompanhar desde que saí daqui. A possibilidade do Santos chegar à final (da Copa do Brasil), sabia que era grande. Não conquistamos, mas tem que ressaltar o ano que tivemos. Não só a derrota nos machuca, mas conseguimos novamente colocar o Santos no patamar em que esteve".
Pós aposentadoria no clube
"Por mim ficaria pelo resto da vida, para jogar e trabalhar. Mas quero estar aqui para ser bem e útil. Não quero ser mais um, para dizer que estou trabalhando ou jogando no Santos. Quero ser útil. Minha carreira está perto do fim. Não vou jogar até os 40 (anos). Quero parar em condição de ser um ser humano normal, jogar minha pelada, futevôlei...".
Léo dirigente
"Esse não é meu lado. Gosto mais de campo. Gosto de ensinar, conversar, aprender".
Ser técnico
"Tudo que fiz, tenho na cabeça. Parte tática, coisas que o Leão falou, Cabralzinho. Com Rincón aprendi muito. Procuro passar para eles e, consequentemente, vou aprendendo. Vou acrescentando. Quem sabe, no futuro, ter o sucesso que tive como atleta. Vamos ver. Tenho que aprender primeiro. Difícil sair de jogador para treinador. É importante sair do ambiente, repensar... São vários pontos para ser treinador".
Relação com Dorival
"Conversa bem natural, aberta. Procuro não me exceder. Peço que, se me exceder, ele me corrija, devido a Liberdade, querer fazer o melhor. Paulinho, joguei com ele no Flamengo. Passei para o Dorival (como ele gosta de jogar). Nesses pontos, procuro passar algo. Quem sabe, passar algo a acrescentar para o Paulinho ou para o treinador. Mas a decisão final é sempre do Dorival".
espn
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